sábado, 19 de dezembro de 2015

TOP 5 - MELHORES ISCAS (DE FLY) PARA PESQUEIRO

Estamos no verão, pesca fechada por causa da piracema, muitas chuvas (ainda bem), rios cheios e barrentos. Nessa época, a maioria de nós pescadores não tem outra opção além de apelar para os pesqueiros. Segue então minha listinha das cinco melhores iscas (moscas) para os pesqueiros:
1 - Imitações de ração. Na relação diversão X eficiência, são certamente as mais eficientes e menos divertidas. Só recorro a elas quando nada mais funciona, normalmente quando há muita pressão de pesca. Acho as de EVA as mais "pegadeiras", mas as de deer hair duram mais, principalmente com as matrinxãs. Tem também a lã ball, que afunda e dá muito resultado em algumas ocasiões, quando o peixe está ativo mas não quer subir para comer na flor d’água.   
2 - Woolly buggers. As mais equilibradas na relação diversão X eficiência. Pegam praticamente de tudo, pacu, matrinxã, tucunaré, catfish, dourado. Costumo atá-las em anzóis de haste longa, de #6 a #10, com bead head e cauda do mesmo tamanho da haste.
nymph
3 - Ninfas. Também muito produtivas, pegam o ano todo. Maiores (anzóis # 8 a 10) para matrinxãs, pacus – menores (anzóis # 12 a 14) para as tilápias. Gosto da prince, montana e derivadas. Para as matrinxãs, é interessante colocar umas perninhas de borracha.
4 - Terrestrials. Também conhecida como grilo de EVA. Acho a isca mais divertida de todas, mas a produtividade depende de uma série de fatores. Normalmente funcionam bem em dias quentes, com pesqueiro bem vazio, sem barulho e sem muita ração na água. O principal alvo no pesqueiro é a matrinxã e cada ataque na superfície é uma alegria. Às vezes, fico feliz só com as ações, mesmo sem pegar nenhum peixe. Já passei algumas receitas (aqui e aqui)
5 - Streamers. Para mim, das cinco iscas, são as que menos funcionam em pesqueiro (ou eu é que insisto pouco com elas). Legais para matrinxãs, traíras, tucunarés, dourados, e, eventualmente, pacus. Para os tucunas, use streamers pequenos, arremessando rente à margem, passando várias vezes no mesmo ponto. Tem que insistir (já falei disso aqui)

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

COMEÇANDO COM O FLY FISHING - O QUE COMPRAR?


Para mim, uma das maiores dificuldades em iniciar com o fly fishing foi decidir que material comprar. Passei anos ensaiando, pesquisando e mesmo assim fiz algumas besteiras que dificultaram um pouco as coisas. Eis então algumas dicas para quem está interessado em iniciar nessa modalidade, que é sim um pouco complicada, mas por isso mesmo tão interessante e desafiadora. Lembrando que as informações que colocarei abaixo são apenas a humilde opinião deste pescador, que ainda tem muuuito o que melhorar, mas que já aprendeu algumas coisas, principalmente quebrando a cara.

Qual vara comprar?

1 – VARA: para mim, a parte mais importante do conjunto. Vale muito a pena investir em um bom caniço. Mas se você está iniciando nisso, provavelmente não vai querer investir uma fortuna.

O ideal, na minha opinião, é começar com um equipamento de entrada de marcas com tradição no fly, como Orvis, Redington, TFO, Mystic, Echo, St. Croix e Greys, que tem modelos bem interessantes e preço acessível, inclusive com garantia.

Além da qualidade, as vantagens de uma vara desse nível são a facilidade de vender caso você resolva fazer um upgrade e a garantia do fabricante. Recentemente, a Fly Shop Brasil também começou a trabalhar com uma linha própria de varas, com um preço bem legal e boa garantia, mas, como ainda não arremessei com elas nem vi muitos feedbacks de pessoas que usaram, não posso dizer muito sobre a qualidade. Outra opção interessante (e bem mais em conta) é comprar um equipamento de segunda mão, em fóruns confiáveis como o Fly Fishing Brasil e o Mosqueiros do Rio.

Quanto a numeração, acredito que a maioria das pessoas começa com um conjunto #6, que é bem versátil, mas isso também vai depender do tipo de peixes e pescarias que se pretende fazer. Se você vai usar mais em pesqueiros, com muitos peixes grandes, talvez um equipamento #8 seja mais adequado. Se forem trutas, tilápias, lambaris, um conjunto #3 ou #4 vai ser legal, e por aí vai.
Outros posts sobre varas aqui e aqui.

Qual a linha mais adequada?

2 – LINHA: uma vez escolhida a vara, é hora de encontrar a linha que seja mais adequada a ela, na mesma numeração, peso para a frente e flutuante (WFF). Sim, por que cada ação de vara vai pedir um tipo específico de perfil de linha para ter o melhor desempenho (para mim, é o item mais importante do conjunto, depois da vara).

Quando comecei, por afobação e ignorância, comprei uma linha que, além de muito ruim, não tinha nada a vem com minha vara e isso me atrapalhou demais. Por isso, pesquise bem antes de comprar sua linha, pergunte para o máximo de pessoas que puder, assim não cometerá o mesmo erro. Minhas marcar preferidas de linha hoje são Rio e Royal Wulff.
Já falei sobre linhas neste post neste.

Qual carretilha mais indicada?

3 – CARRETILHA: a meu ver é, em regra, o item menos importante dos 3, por isso acho que vale a pena investir mais na linha e na vara. Há quem discorde a acredite que a carretilha é tão importante quanto.

De qualquer forma, se você está iniciando agora, a carretilha de fly servirá basicamente para armazenar a linha. Particularmente, gosto muito das carretilhas de entrada da Waterworks Lamson e de alguns modelos da Redington.
Leia mais sobre carretilhas neste link.



É bom saber:

Conjuntos: existem conjuntos de fly muito ruins no mercado, como o famoso conjuntinho da Martin (quase comprei no começo). Há também bons conjuntos das marcas que mencionei acima. Faço aqui uma menção honrosa ao conjunto Okuma Cascade – já arremessei com eles e não achei ruins, principalmente considerando o que custam. Se você não tem condição de investir em um equipamento melhor, compre o Cascade e seja feliz.

Líder: achei melhor não entrar nesse assunto, que até mereceria um post próprio. Recomendo uma olhada neste artigo da Fly Shop Brasil que aborda bem o tema. Mas não esquente muito a cabeça com isso – na dúvida, encontre uma receita básica, emende uns pedaços de linha e vá pescar!

Onde Comprar (lojas que conheço e/ou compro regularmente):






domingo, 29 de novembro de 2015

TUTORIAL DE ATADO: MINI ANDINOS COM CRAFT FUR

Essa é uma isca testada e aprovada esse ano com as tabaranas. A técnica para confecção da cabeça de craft fur é do Carlos Ingrassia, criada para os dourados, adaptada aqui para o tamanho de mosca que se usa para as tabaranas (em torno de 10 cm).
É uma isca tradicionalmente atada com cabeça de deer hair. Mas o craft fur é mais fácil de achar, tem bom movimento na água, cores mais vivas, e, ao contrário do deer hair, não tem a tendência de flutuar, exigindo um peso menor para fazer a isca afundar.
Ingredientes:
- Anzol # 2
- Craft fur
- 4 Penas (saddle)
- Bucktail
- Brilho (flashabou)
- Peso (bead chain)
- Fio Ultra Thread 70

flashabou nas laterais
bucktail em cima
bucktail embaixo
mudando a cora da linha e prendendo o peso
tufo de craft fur no tamanho normal - é muito grande para essa isca, então tenho que encurtar...
para encurtar, seguro firmemente o tufo e vou rasgando as fibras pelas extremidades com as pontas dos dedos, para que fique um acabamento irregular.
passando a linha atrás do peso, várias voltas.
puxe todo o craft fur para frente e segure, depois passe um pouco de cola rápida em volta de toda a base, perto da haste do anzol - técnica do Ingrassia para dar mais volume à cabeça de craft. 
secando a cola

um pouco de cola rápida na cabeça.

  VÍDEO COM A TÉCNICA CO CARLOS INGRASSIA:




quarta-feira, 18 de novembro de 2015

EQUIPAMENTO: FALANDO DE LINHAS AFUNDANTES (SINKING LINES)

Decidi falar um pouquinho de linhas afundantes, que usei bastante das pescarias de tabaranas que andei fazendo ultimamente. Ressalto que são apenas as impressões pessoais de um mosqueiro pouco experiente, sem a pretensão de aprofundar o assunto.
Primeiramente, é bom relembrar que as linhas fly, quanto à densidade, podem ser flutuantes (floating), intermediárias (intermediate), de flutuação quase neutra, que afundam bem lentamente, e afundantes (sinking), que afundam mesmo, em maior ou menor velocidade. Há ainda as linhas que são flutuantes em quase toda a sua extensão, apenas com a ponta sinking ou intermediate (sink tip/intermediate tip).
Acho que todo mosqueiro inicia no fly com as linhas flutuantes, mais fáceis de utilizar e indicadas para uso bem geral. As sinking/intermediate servem, basicamente, para buscar o peixe em diferentes profundidades e seu uso exige certa experiência por parte do pescador.
A primeira vez que tive contato com linha não-flutuante foi em uma pescaria de tucunarés em Caconde/SP (link do post aqui). Os peixes estavam mais no fundo, linha floating não funcionava de jeito nenhum. O parceiro então me emprestou uma carretilha com linha intermediate semelhante a que ele usava (eu não tinha) e a coisa mudou de figura. A diferença de produtividade foi absurda naquela ocasião. Em compensação, estranhei um pouco aquela linha esquisita, que afundava e não podia “levantar” da água de uma vez com um false cast.
tabaranaMais recentemente, quando comecei as incursões atrás das tabaranas mineiras, meu amigo Marcelo me indicou o uso de linhas intermediate ou sinking, pois as fortes corredeiras nos rios onde pescaríamos arrastariam uma linha floating antes que a isca chegasse a uma profundidade desejada.
Logo na primeira pescaria, usei uma linha intermediate da Scientific Anglers que comprei, modelo Streamer Express, na vara #5. Gostei dessa linha, fácil de arremessar e desliza bem pelos passadores.
Posteriormente, adquiri uma linha sink tip da Rio, com ponta afundante de 24’, para varas #5/6, e ela realmente me surpreendeu. Já havia testado uma sink tip da Airflo e não gostei nada do “coice” gerado pela ponta pesada. Com essa Rio não acontece isso, a transição entre a parte flutuante e a ponta mais pesada é suave (acho que a ponta mais longa também contribui para esse resultado). Depois de um tempo com ela, a impressão e de que estou arremessando uma linha floating normal. Outra coisa que percebi é que essa linha (sink tip) arremessa fácil streamers mais pesados, como os mini-andinos que usei nessas pescarias de tabaranas.
tabaranaEssa linha da Rio + a Scott Radian #5, 8’6”, virou meu conjunto oficial para a pesca de tabaranas nos rios da região.
O próximo passo vai ser testar a produtividade dessas linhas na pescaria de tucunarés em represa, com o caiaque.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

CRI, CRI, CRI...

gafanhoto

THUNDER THIGHS HOPPER

- ANZOL TIEMCO 5212, #8
- PLACA DE EVA DE 4MM EM 2 CORES
- POLY YARN (ASAS)
- RUBBER LEGS
- DUBBING

domingo, 4 de outubro de 2015

PESCARIA: TABARANAS MINEIRINHAS

Pescaria de tabaranas no fly!
Dia interessante, com poucas ações, mas quase todas convertidas em capturas. Rio meio baixo.
Tive a oportunidade de testar as minhas botas de vadeio. Tem solado de borracha (em vez do feltro), com travas de metal na sola que seguram bem nas pedras. Valeu a pena o investimento.
Equipamento usado:
Vara #5, 8'6", linha sink tip e mini andinos como isca.

rio mineiro
Tabarana no fly
salto
equipamento de fly

Fotos: Marcelo Longo