14/05/2016 – Resolvi ir ao tabaranódromo,
pela primeira vez sozinho, sem grande expectativa graças ao clima frio. Saí cedo
e por volta de sete e meia já estava na água, arremessando um streamer amarelo com cabeça laranja.
Logo no trecho inicial, em uma cabeça de
corredeira, bateu a primeira tabarana, muito
bonita e briguenta, foram vários saltos antes dela se entregar.
Continuei descendo, explorando os melhores
pontos do rio (à exceção de um poço sempre muito promissor, que já estava
ocupado por dois pescadores), até que, em uma corredeira mais profunda, entrou
a segunda tabarana, de bom tamanho para os padrões do rio, deu trabalho para
tirar com a vara #5. Depois de posar para a foto, voltou para a água.
Em um trecho mais abaixo, após uma pequena
queda d’água, entrou a terceira, também de bom porte, uma pancada! Nem acreditei,
capturar três tabaranas de bom tamanho em uma manhã, no fly, é coisa rara.
E depois da terceira, minha isca amarela e
laranja já estava praticamente destruída, como não tinha outra da mesma cor,
acabei colocando uma branca. Daí em diante foi só mais um ataque de uma
tabarana pequena, que não resultou em captura.
Por volta de meio dia resolvi encerrar a
aventura e retornar para casa. Na volta, fiquei pensando em como é raro hoje em
dia um trecho de rio igual a esse, razoavelmente preservado, onde as tabaranas
ainda prosperam e fiquei me perguntando até quando continuaria assim.
Pensei também, com tristeza, que aquelas três
tabaranas que me deram tanta alegria provavelmente acabariam sendo abatidas
durante a temporada. Um peixe tão especial, raro e esportivo merecia ser
poupado, sempre.
Equipamento utilizado:
- Vara #5, 8’6”
- Carretilha compatível com linhas 5/6
- Linha sink tip, 24ft, 150gr e leader de
1,5m