terça-feira, 31 de janeiro de 2017

LIVRO DE PESCADOR: O VELHO E O MAR - ERNEST HEMINGWAY



Li esse livro no ano passado, queria lê-lo há bastante tempo, justamente pela sua temática, relacionada com a pesca. Ernest Hemingway gostava de pescar e escreveu o livro em Cuba (onde a História se passa) no ano de 1951.
Fala de um velho pescador chamado Santiago, que há muito tempo não pesca nada (e ele vive disso), até que, um dia, ele sai para o mar e pesca um marlim gigantesco, maior que o seu barco, só com uma linhada de mão. A briga com esse peixe gigante dura uns dois dias, é sofrida e não termina muito bem.
Acho que essa história pode ter vários significados e o mais óbvio é luta do homem com a natureza, poderosa e opressora. Também fala (acho) sobre respeito, admiração e persistência. Santiago não vê o mar como um adversário, mas como um companheiro. Assim também é a relação do personagem com o peixe – apesar de ser seu adversário naquela luta de vida ou morte, ele diz que o ama e o respeita como um “irmão”. Para Santiago, aquele não é somente alimento ou um troféu.
Guardadas as devidas proporções, esse sentimento ambivalente lembrou-me o meu próprio, quando fisgo aquele grande e desejado peixe (apesar de não pretender matá-lo, sei que meu ato lhe causa sofrimento).
Enfim, é uma ótima leitura, indispensável para todo aquele que se considera um pescador esportivo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

PESCARIA DE VADEIO (OU VADEO?)



A pescaria de vadeio é minha preferida, pela autonomia que ela dá, pelo contato com a natureza, a emoção da briga com o peixe, etc. Pena que nem todo local que se presta a esse tipo de pescaria, principalmente com equipamento de fly, que exige um certo espaço para executar os arremessos. Por isso os melhores rios para vadear (no fly) são aqueles com leito de pedra, não muito fundos e com mata ciliar não muito fechada. Além disso, é importante utilizar o equipamento adequado, seja por conforto, seja por segurança. Resolvi listar alguns deles (lembrando, mais uma vez, que essas são apenas as impressões pessoais de um mosqueiro pouco experiente e meio sem-noção, sem a pretensão de aprofundar o assunto):
wader
WADER: acho que pescaria no Brasil normalmente não exige o uso desse macacão impermeável, a não ser para a pesca de trutas. Isso porque, se a água não está muito fria, ele não é necessário (e nem desejável, porque esquenta pra cacete), e, se está muito fria, os peixes não estão nem aí (fora a truta). Nas minhas pescarias de tabaranas tenho usado raramente, somente naqueles poucos dias em que água já está meio gelada e o peixe ainda está ativo.
wading bootsBOTAS: As botas específicas para esse tipo de pescaria (wading boots) são necessárias principalmente para rios com fundo de pedras, cheias de lodo. Nesse tipo de leito, pode ser complicado parar em pé com um calçado normal. O problema é que as wading boots são importadas, caras e nem sempre duram muito. Aqui falei do modelo que comprei, a Palix River da Redington. Uma saída mais barata pode ser colar um pedaço de feltro grosso ou carpete no solado de uma bota normal, muita gente faz isso. É interessante também que sejam botas, de cano alto e firme, o que ajuda a evitar a torção de tornozelo durante a caminhada.
BERMUDA E MEIAS DE NEOPRENE: em dias em que a água está um pouco mais fria, uma bermuda de neoprene por baixo da calça quebra bastante o galho no wet wading, mantendo o corpo aquecido onde interessa (exatamente onde você está pensando). Já as meias eu uso sempre, inclusive para que as botas de vadeio não fiquem largas demais no meu pé (elas têm o tamanho próprio para usar com o wader, que já tem meias de neoprene bem grossas acopladas).
BASTÃO AUXILIAR: também conhecido como Wading staff. Sempre achei que esse item fosse frescura, mas não é. Faz muita diferença principalmente quando se está caminhando em uma parte mais profunda do rio, onde você não enxerga onde está pisando, ou em pontos de corredeira muito forte. Na falta de um bastão próprio para fly, comprei um bastão de caminhada normal, retrátil, que custa por volta de R$ 100,00. Vale cada centavo.

sábado, 21 de janeiro de 2017

VARA DE FLY TFO BVK #6 - EU JÁ SABIA!



Há algum tempo tive uma TFO BVK #6. Muita gente pagava pau para essa vara, por isso mesmo comprei. Mas não me adaptei a ela, era difícil de arremessar uma linha #6 normal, achava a ação “ríspida”, “pesada”, e acabei passando para frente.
Achei que o problema fosse eu, até ver o comparativo de varas #6 do site Yellowstone Angler que saiu no final do ano passado, que confirmou tudo aquilo que eu pensava. Vale dizer que os caras da Y.A. adoram a BVK #8. Segue a tradução das conclusões deles sobre a BVK #6, no tocante ao desempenho:

Embora a BVK 8 wt, 9 pés, seja uma de nossas varas favoritas, as varas de peso de linha menor como 5 e 6 não se provaram tão boas. Essa vara é tão pesada no feeling (swing weight) que vai acabar com seu braço se você arremessar por muito tempo. A BVK 6 wt tem uma ação bem mais lenta que a BVK 8wt, e esta é uma razão pela qual sua performance não é tão boa.
Todo esse “swing weight” e a ponta relativamente dura mataram a performance a curtas distâncias. A curtas distâncias foi a pior vara no comparativo, e, a médias e longas distâncias, foi apenas um pouco melhor.