A prática do “pesque e solte” está vem sendo cada vez mais difundida entre os pescadores, e, embora cercada de boas intenções, tem também gerado muita polêmica entre adeptos e não adeptos da pesca esportiva, pois para muita gente a prática não passa de crueldade aos animais.
Embora não haja evidências científicas de que os peixes sintam alguma dor, é certo o que a captura com anzol e linha, no mínimo, lhes traz estresse e desconforto, fora as consequências de ferimentos sofridos por eles.
É por isso que o pescador esportivo deve tomar uma série de cuidados para pelo menos minimizar os danos causados aos peixes, seja em pesqueiros, seja em ambiente natural. Eis alguns desses cuidados:
- Durante a briga, o corpo do peixe consome muito oxigênio, e, fora da água os peixes não respiram. Assim, devem ser capturados e devolvidos ao seu habitat no menor tempo possível;
- As escamas (ou pele) dos peixes são revestidas por um muco que os protegem de doenças, razão pela qual os peixes que forem devolvidos não devem ser muito tocados, sendo aconselhável o uso de uma toalha molhada para esse fim (fico doido quando vejo certos pescadores “esportivos” pisando em cima dos peixes nos pesqueiros!);
- Não se deve usar alicates de contenção em peixes muito pesados ou de boca mole, pois podem ter a boca literalmente rasgada;
- Em hipótese alguma se deve tocar nas guelras dos peixes – o menor dano nessa área em particular pode deixá-los vulneráveis ao ataque de fungos e bactérias;
- Peixes muito delicados como piraputangas e matrinxãs, de preferência, nem devem ser retirados da água;
- Retirar a farpa do anzol, além de minimizar eventuais acidentes (já sofri na pele), facilita tanto a fisgada quanto a soltura dos peixes.
Seguindo esses cuidados básicos, podemos reduzir o estresse dos peixes e aumentar as suas chances de sobrevivência. Todos saem ganhando, não?
Abs.
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