sábado, 30 de abril de 2011

PESCA DE PRAIA

Essa semana eu e Márcia tiramos merecidas férias, e fomos passar uns dias em Ubatuba. Como não poderia deixar de ser, levamos as tralhas de pesca, mas não tivemos muitas oportunidades de usá-las.
Pude ao menos estrear na pesca de praia, na praia das toninhas, em frente à colônia de férias da AFPESP, onde nos hospedamos.  
 O material usado foi uma vara new pampo da albatroz de 2,7 m, não muito adequado para longos arremessos (o melhor para esse propósito seria no mínimo 3,9 m). O casting da pampo também não é dos melhores, já que não passa de 100 g, quando o ideal para arremessar longe seria pelo menos 150g.
A carretilha que usei foi a brisa, abastecida com linha mono de 0,30 mm, também um pouco grossa para essa modalidade de pesca, e chumbada pirâmide de 80g.
Suporte próprio para pesca de praia: item indispensável
 O local também não era o mais propício, já que a praia das toninhas, embora pareça profunda em sua porção norte, tende a ficar rasa novamente após alguns metros mar adentro
Mesmo com tudo contra, gostei da experiência nesse tipo de pescaria, com a brisa do mar no rosto e os pés na areia.
O primeiro desafio nessa modalidade é o arremesso, que além de longo, tem que acertar o lugar certo. Não vou me estender no assunto, mas, de modo geral, as praias possuem vários “canais”, e temos que jogar a isca dentro de um deles (preferencialmente os mais distantes).
Nem sei se fiz certo, apenas arremessava o mais longe que podia e ia recolhendo até sentir que a chumbada parava no fundo. Depois disso, deixava o caniço no suporte e esperava.
Com uma chumbada de 80 g, o blank da pampo não sofreu muito com os arremessos
 Pena que não tive muitas ações, com apenas uma captura. Talvez a culpa maior seja a isca, um camarão meio passado que comprei no centro de Ubatuba. Na verdade, o único peixe do dia, uma bela betarinha, abocanhou um pequeno tatuí que peguei na beira da praia.
 Parece que a melhor isca é mesmo o feioso “corrupto”, um crustáceo que vive enterrado na areia, e que é extraído com um tipo de bomba de sucção feita de PVC (preciso comprar uma dessas!).

De qualquer forma, foi uma experiência bem legal e que com certeza quero repetir, quem sabe com equipamentos mais específicos e em condições mais adequadas.
Para quem quiser saber mais sobre a pesca de praia: www.guiapescadepraia.com.br/
Abs.

domingo, 24 de abril de 2011

CAMBURI: PRAIA/PESCARIA

Aqui vai um relatinho atrasado, das nossas férias em outubro de 2010. Estivemos em Camburi, litoral norte de SP, bem ao lado de Boissucanga. 
Além da ótima praia e belas paisagens, Camburi tem um atrativo a mais para nós pescadores: um riacho limpo que corta a praia em duas (Camburi e Camburizinho) e desemboca ao lado de uma pequena península.
Nem preciso dizer que minhas expectativas eram altas em relação ao riozinho, e não saí de lá desapontado! Começavamos pescar pela manhã, com o pé na água e maré baixa, e íamos lançando nossas iscas conforme a maré subia.
 Não demorou muito para termos ações de robalos pevas nas iscas artificiais, principalmente nas  iscas"soft", shads e camarões. 
Muitos dos robalos escapavam antes que pudéssemos tirá-los da água (ahh que falta fez um puçá!), inclusive o maior peva capturado, com cerca de 45 cm. Mesmo assim, conseguimos fotografar alguns pevinhas.

catch and release
Todos os robalos pescados foram devolvidos
Foi interessante também observar a dinâmica das marés nesse lugar, pois estávamos pescando bem próximos da praia. Dava para ver a água do mar invadindo aos poucos o riacho conforme a maré subia.
Quando a água estava baixa, era possível caminhar pelo leito e ver as estruturas onde arremessávamos as iscas. A água era tão limpa que também dava para ver cardumes de pequenos peixes subindo e descendo o riacho.
maré
Ponto de pesca com a maré baixa
maré
O mesmo lugar, com a maré subindo
Local onde as águas do riacho encontram o mar

Material utilizado: varas entre 5'6" e 6', para linhas até 17 lbs (poderia ter usado de 14 lbs), carretilhas abastecidas com linha multi de 0,19 mm e líder de fluorcarbono de 30 lbs.

Enfim, foi uma viagem muito divertida, uma ótima combinação entre praia e pescaria. 
Espero voltar lá um dia e encontrar o lugar conservado, com esse riacho ainda limpo e cheio de peixes!

Abraços!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

NOVO CONJUNTO - VARA SHIMANO CLARUS & MOLINETE SEDONA

Final de semana passado minha esposa me deu uma vara Clarus de presente de aniversário, para fazer conjunto com o meu molinete Sedona. Hoje, finalmente tive a chance testar o equipamento novo, na represa graminha, perto de Caconde/SP, e, de quebra, tentar engatar um tucunarezinho. 

O caniço para linhas de até 12 lbs tem 6' de comprimento, em duas partes, e arremessa iscas de até 14 gramas. Vem montado com reel seat e passadores fuji "new concept", de ótima qualidade.

O blank é bem rápido, e, seguindo a tradição da linha clarus, é resistente, embora não muito leve (mas nada que atrapalhe).
Meu propósito com esse equipamento será pesca com iscas leves, naturais e artificiais, na água doce e salgada. Vai ser muito legal para arremessar iscas "soft", como camarões e minhocas plásticas, principalmente sem peso de chumbo.
Na prática, gostei muito de arremessar com o caniço, embora continue achando o molinete meio desengonçado e impreciso, comparado à carretilha. Acho que vou acabar utilizando como segundo conjunto quando estiver pescando com iscas artificiais.

Arremessou relativamente bem iscas com aproximadamente 5g, mas não consegui grandes distâncias - acho que a linha que usei ainda é um pouco grossa (estava com multi de 0,20 mm, penso que o ideal seria por volta de 0,15 mm).
O molinete Sedona é muito macio, mas como não tive muitas ações, não deu para avaliar bem seu desempenho, principalmente o drag de 9 lbs.Vai ficar para outra ocasião.

No final da tarde acabei sendo brindado com um belo tucunaré que não resistiu à isquinha "sashimi" da sumax, mas o danado escapou antes de que eu pudesse fotografar (não é história de pescador!!).

Abraços e até a próxima!


segunda-feira, 18 de abril de 2011

CORREÇÃO EM MOLINETE - SHIMANO SEDONA 1000

Bom, esse é um tutorialzinho que já havia postado no fórum pescaki, mas por considerar uma dica bem legal e muito útil, resolvi publicar aqui também.

Recentemente comprei um molinete Sedona, da Shimano, e, ao colocar a linha, notei que ela tendia a ficar amontoada na parte da frente do carretel, um defeito muito comum, mesmo num molinete nessa faixa de preço, e que pode atrapalhar nos arremeços:
Seguindo essa dica que já tinha visto em outros sites de pesca, resolvi tentar solucionar o problema. Trata-se de um procedimento bem simples, consistente em adicionar ou tirar uma ou mais buchas que ficam no eixo, na base do carretel: se a linha ficar acumulada na parte frontal do carretel, deve-se adicionar buchas - se a linha ficar amontoada na base do carretel, é preciso retirá-las.

Nesse caso, confeccionei algumas buchas utilizando uma tampa de embalagem plástica descartável, dessas que costumam ser utilizadas por supermercados para  vender azeitonas, castanhas, etc. 
Basta usar as buchas que já estão lá no eixo como paradigma, e cortar no mesmo tamanho:

O negócio é ir adicionando as buchas "tabajara" e testando o embobinamento, até que a linha fique distribuída de forma uniforme no carretel. O meu sedona precisou de duas.
Tirei a linha recoloquei normalmente, e esse foi o resultado, quase perfeito:



Abraços e até a próxima!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

ÓLEO PARA OS ROLAMENTOS - MAQSPRAY

Em carretilhas, o uso de óleos muito viscosos nos rolamentos do carretel podem segurar os arremessos, sobretudo quando se usa iscas leves ou se busca atingir grandes distâncias. Não existem muitas opções de lubrificantes no mercado para esse fim, então, o negócio é improvisar!

Há muito tempo vejo o pessoal indicar o uso de óleo para equipamentos odontológicos, pois são extremamente "finos", já que são utilizados em instrumentos de altíssima rotação. Então resolvi experimentar.

Fui até uma loja específica para material odontológico e comprei um frasco de óleo mineral da marca "maquira", mas existem de várias outra marcas, facilmente encontrados na internet.
Muitos usam o spray direto nos rolamentos, mas reparei que quase a metade da solução é composta de solventes, ou seja, quase metade vai evaporar logo depois de aplicada. Resolvi esse problema colocando a solução dentro de um recipiente pequeno, com cuidado, pois ela é bem volátil.
Depois, deixei o recipiente aberto em um lugar arejado, de um dia para o outro. Foi o suficiente para que os solventes evaporassem, ficando só o lubrificante.

Particularmente, não gostei de usar o óleo puro, pois com pouco tempo de uso notei que os rolamentos começam a fazer um barulho estranho, sendo necessário repetir a aplicação sempre, mesmo durante pescarias.

Então, resolvi misturar com o óleo da singer, facilmente encontrado, na proporção de 1 para 1. O resultado foi um lubrificante de ótima viscosidade, bem parecido com o óleo da shimano, nem fino e nem grosso demais.

Abs

terça-feira, 12 de abril de 2011

ÚLTIMAS AQUISIÇÕES

Semana passada recebi algumas iscas adquiridas na loja virtual da pesca tropical. Foram 9 camarões DOA, ótimas para robalo e uma rapala x-rap 10, boa para praticamente qualquer predador. 
Aproveitando os ótimos preços encontrados no site, paguei R$ 4,80 por cada camarão, valor muito bom, considerando que nas lojas de São Paulo está custando cerca de R$ 30,00 o pacote com 3 unidades. Já na rapala paguei R$ 35,90, também uma bagatela, considerando os preços praticados em outras lojas.
Só é pena que não haja muitas opções de cores. Mesmo assim, valeu a pena.

Abrs.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

MERGULHADOS NO PÂNTANO

Tenho acompanhado com atenção um programa novo no History Channel, “Mergulhados no Pântano”. Basicamente, o programa narra a vida de moradores dos pântanos da Luisiana, descendentes de franceses conhecidos como cajuns, durante a temporada de caça ao jacaré.

Achei o programa interessante desde o início, graças ao estilo de vida perigoso e independente dos cajuns, em um ambiente hostil e totalmente dominado pela natureza. Mas, além disso, o que também me chamou a atenção foi uma maneira bem interessante e aparentemente racional de exploração dos recursos naturais.

A caça ao jacaré nesse Estado americano foi a forma que se encontrou de controlar a explosão populacional do animal, protegido por lei. Durante 30 dias, caçadores recebem uma licença temporária, além de um número limitado de etiquetas, sendo que cada etiqueta equivale a um jacaré a ser morto.

Os caçadores pagam caro pelas licenças, mas obtém um bom lucro com a venda da carne e da pele dos animais. Quase tudo do jacaré é aproveitado, em alguns locais até mesmo as garras são usadas para a confecção de “coçadores” para as costas.

Ao final da temporada de caça, o animal está novamente protegido pelas  severas leis americanas. Imagino que tudo isso seja precedido de rigorosos estudos a indicar a quantidade de jacarés que poderão ser caçados naquele período.

Tal prática, além de proporcionar um manejo sustentável das populações de jacarés, também funciona como fonte geradora de renda e riqueza, movimentando milhares de dólares com a emissão de licenças, venda e processamento de couro, carne, etc.

Isso tudo é especialmente interessante à luz do contraste com a situação que encontramos aqui, onde as populações de jacarés e capivaras, por exemplo, atingem níveis altíssimos e sequer é cogitado um controle nesses moldes (imagino a reação histérica dos preservacionistas "talibãs" se isso acontecesse).

Nem sei se esse sistema funcionaria no Brasil, já que, para que tenha sucesso, é necessário não apenas que haja fiscalização por parte das autoridades, mas também consciência e bom senso por parte dos pescadores/caçadores (coisa que não é tão comum por aqui).

Enfim, fica o exemplo e a esperança de que um dia sistemas como esse possam ser implantados por essas bandas, assim como já acontece com a pesca na nossa vizinha Argentina.

domingo, 10 de abril de 2011

NOVOS ROLAMENTOS - CURADO 200B

Bom, depois de muita insistência da minha esposa, resolvi montar este blog, e, como não poderia deixar de ser, o assunto é pesca! Imagino que ela seja a única a acompanhar essa bagaça, mesmo assim, vamos lá!

Resolvi começar com uma dica para quem precisa trocar os rolamentos da carretilha. Na verdade, eu não precisava trocar, mas quis dar uma "tunada" no meu equipamento, colocando rolamentos híbridos ABEC 5.

Para quem não sabe, ABEC é uma escala que indica o grau de precisão de um rolamento e vai de 1 a 9, sendo que o # 9 indica o maior grau de precisão, e, em tese, melhor desempenho. Se não me engano, carretilhas e molinetes de marcas conhecidas vêm com rolamentos ABEC 1.

Esses que usei são híbridos porque possuem as esferas em seu interior feitas em cerâmica em vez de metal, tendo a vantagem de durar mais e não enferrujar.

A carretilha escolhida foi a Shimano Curado B, a famosa "verdinha", e troquei os apenas os rolamentos que sustentam o carretel, os que influenciam no arremesso. Comprei os rolamentos pelo site www.soothdrag.com, conhecido por muitos pescadores pelos discos de fricção em carbontex. Eles também vendem rolamentos híbridos e em aço inox, ABEC 5 ou ABEC 7.

rolamentos híbridos
O primeiro a ser trocado é da tampa lateral do freio centrífugo, que é o mais acessível. Primeiro retira-se essa travinha de arame:

Depois, é só tirar o rolamento e substituí-lo.
Agora a parte difícil, trocar o rolamento que fica no eixo do carretel, que fica preso por um trava bem chata de tirar.

Pesquisando na rede, aprendi a fazer uma ferramenta que facilita muito, que nada mais é do que um alicate baratinho com uma fenda em um dos lados:
Basta posicionar o alicate de forma que um dos lados pressione a trava, enquanto o outro lado (com a fenda) fique apoiado no eixo do carretel, permitindo que a trava deslize pela fenda. Dá pra reparar que revesti o alicate com uma fita adesiva, mas é só pra não arranhar o eixo do carretel.

Depois que a trava deslizar para um dos lados, é só puxar com o alicate, com muito cuidado.

Retirada a trava, é só trocar o rolamento e recolocá-la, usando o mesmo alicate adaptado.

Pra quem tiver interesse, o conjunto de rolamentos para essa carretilha é o # 13, e as medidas são 5x11x4 e 3x10x4, que também serve para a maioria das carretilhas de perfil baixo da Marine Sports e para as Revo da Abu Garcia.

O custo do conjunto é U$ 20,00 e o frete mais barato é U$ 1,44, ou seja, vale a pena, já que rolamentos comuns de inox aqui nas oficinas do Brasil custam em média R$ 20,00 cada um.


É isso então.
Abraços e até a próxima!