domingo, 29 de novembro de 2015

TUTORIAL DE ATADO: MINI ANDINOS COM CRAFT FUR

Essa é uma isca testada e aprovada esse ano com as tabaranas. A técnica para confecção da cabeça de craft fur é do Carlos Ingrassia, criada para os dourados, adaptada aqui para o tamanho de mosca que se usa para as tabaranas (em torno de 10 cm).
É uma isca tradicionalmente atada com cabeça de deer hair. Mas o craft fur é mais fácil de achar, tem bom movimento na água, cores mais vivas, e, ao contrário do deer hair, não tem a tendência de flutuar, exigindo um peso menor para fazer a isca afundar.
Ingredientes:
- Anzol # 2
- Craft fur
- 4 Penas (saddle)
- Bucktail
- Brilho (flashabou)
- Peso (bead chain)
- Fio Ultra Thread 70

flashabou nas laterais
bucktail em cima
bucktail embaixo
mudando a cora da linha e prendendo o peso
tufo de craft fur no tamanho normal - é muito grande para essa isca, então tenho que encurtar...
para encurtar, seguro firmemente o tufo e vou rasgando as fibras pelas extremidades com as pontas dos dedos, para que fique um acabamento irregular.
passando a linha atrás do peso, várias voltas.
puxe todo o craft fur para frente e segure, depois passe um pouco de cola rápida em volta de toda a base, perto da haste do anzol - técnica do Ingrassia para dar mais volume à cabeça de craft. 
secando a cola

um pouco de cola rápida na cabeça.

  VÍDEO COM A TÉCNICA CO CARLOS INGRASSIA:




quarta-feira, 18 de novembro de 2015

EQUIPAMENTO: FALANDO DE LINHAS AFUNDANTES (SINKING LINES)

Decidi falar um pouquinho de linhas afundantes, que usei bastante das pescarias de tabaranas que andei fazendo ultimamente. Ressalto que são apenas as impressões pessoais de um mosqueiro pouco experiente, sem a pretensão de aprofundar o assunto.
Primeiramente, é bom relembrar que as linhas fly, quanto à densidade, podem ser flutuantes (floating), intermediárias (intermediate), de flutuação quase neutra, que afundam bem lentamente, e afundantes (sinking), que afundam mesmo, em maior ou menor velocidade. Há ainda as linhas que são flutuantes em quase toda a sua extensão, apenas com a ponta sinking ou intermediate (sink tip/intermediate tip).
Acho que todo mosqueiro inicia no fly com as linhas flutuantes, mais fáceis de utilizar e indicadas para uso bem geral. As sinking/intermediate servem, basicamente, para buscar o peixe em diferentes profundidades e seu uso exige certa experiência por parte do pescador.
A primeira vez que tive contato com linha não-flutuante foi em uma pescaria de tucunarés em Caconde/SP (link do post aqui). Os peixes estavam mais no fundo, linha floating não funcionava de jeito nenhum. O parceiro então me emprestou uma carretilha com linha intermediate semelhante a que ele usava (eu não tinha) e a coisa mudou de figura. A diferença de produtividade foi absurda naquela ocasião. Em compensação, estranhei um pouco aquela linha esquisita, que afundava e não podia “levantar” da água de uma vez com um false cast.
tabaranaMais recentemente, quando comecei as incursões atrás das tabaranas mineiras, meu amigo Marcelo me indicou o uso de linhas intermediate ou sinking, pois as fortes corredeiras nos rios onde pescaríamos arrastariam uma linha floating antes que a isca chegasse a uma profundidade desejada.
Logo na primeira pescaria, usei uma linha intermediate da Scientific Anglers que comprei, modelo Streamer Express, na vara #5. Gostei dessa linha, fácil de arremessar e desliza bem pelos passadores.
Posteriormente, adquiri uma linha sink tip da Rio, com ponta afundante de 24’, para varas #5/6, e ela realmente me surpreendeu. Já havia testado uma sink tip da Airflo e não gostei nada do “coice” gerado pela ponta pesada. Com essa Rio não acontece isso, a transição entre a parte flutuante e a ponta mais pesada é suave (acho que a ponta mais longa também contribui para esse resultado). Depois de um tempo com ela, a impressão e de que estou arremessando uma linha floating normal. Outra coisa que percebi é que essa linha (sink tip) arremessa fácil streamers mais pesados, como os mini-andinos que usei nessas pescarias de tabaranas.
tabaranaEssa linha da Rio + a Scott Radian #5, 8’6”, virou meu conjunto oficial para a pesca de tabaranas nos rios da região.
O próximo passo vai ser testar a produtividade dessas linhas na pescaria de tucunarés em represa, com o caiaque.